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Dois milhões de espanhóis vão às ruas contra golpe do socialista Pedro Sanchez

Golpe de Pedro Sanchez
Nunes Feijoó, líder do PP, no protesto contra o golpe de Pedro Sanchez. Foto: Divulgação.

Dois milhões de espanhóis foram às ruas de 52 cidades contra a anistia de criminosos catalães e o movimento golpista do chefe de governo, o socialista Pedro Sanchez. O Partido Socialista Operário Espanhol (PSOE) perdeu a eleição para o Partido Popular(PP), de centro-direita, em 23 de julho. Porém, para não deixar o governo, Sanchez negociou a anistia de criminosos ligados ao partido Junts, da Catalunha, em troca de apoio para formar a maioria e um novo governo.

A maior manifestação ocorreu em Madrid, onde compareceu o líder do PP, Alberto Núñez Feijóo. Na capital espanhola compareceu um milhão de pessoas na manifestação contra o golpe de Sanchez.

As manifestações foram convocadas para as 52 capitais de província da Espanha pelo PP, mas houve também concentrações em cidades no exterior, como Bruxelas ou Lisboa.

NÃO VAMOS NOS CALAR”

O PP prometeu contestar a anistia aos independentistas catalães prometida pelo governo socialista até haver novas eleições.

Não nos vamos calar. Não nos calaremos até haver novas eleições para que possamos outra vez votar. Porque o que se está acontecendo é o contrário daquilo que votamos. Por que têm medo das eleições?”, disse o líder do PP, Alberto Núñez Feijóo, às pessoas que se concentraram na Porta do Sol, em Madrid, e nas imediações.

O PP convocou manifestações em 52 cidades espanholas para este domingo, poucos dias antes de o socialista Pedro Sánchez ser reconduzido primeiro-ministro de Espanha, no parlamento, com o apoio de partidos nacionalistas e independentistas da Catalunha, Galiza e País Basco.

MAIORIA COMPRADA COM ANISTIA

Entre os acordos do PSOE com as formações catalãs há uma anistia para os criminosos envolvidos na tentativa de autodeterminação da Catalunha. Na ocasião, em 2017, os catalães fizeram uma declaração unilateral de independência.

O líder golpista Pedro Sanchez, do Partido Socialista.
O líder golpista Pedro Sanchez, do Partido Socialista. Foto: Divulgação.

Pedro Sanchez negava a possibilidade da anistia até às eleições de julho, mas agora mudou o discurso. Ele alega agir em nome “da convivência” entre todos os espanhóis e como a forma de evitar um governo da direita e da extrema-direita.

Os espanhóis têm o direito de opinar com toda a informação“, disse Alberto Núñez Feijóo. Ele ainda lembrou ainda que o PP foi o partido mais votado nas eleições de 23 de julho, mas os socialistas vão manter-se no poder porque Sánchez “comprou a investidura” com “a impunidade” de pessoas que violaram a lei e querem desmantelar Espanha, num ataque e humilhação, por outro lado, do poder judicial e da separação de poderes.

Defendemos um estado de Direito, a democracia, e por isso dizemos não à amnistia, não à impunidade“, disse o líder do PP.

Para o PP, a ambição pessoal de Pedro Sanchez levou o líder socialista a fechar os acordos com os independentistas. Além disso, Sanchez, “sobredimensionou a representatividade” das forças separatistas, que com 6% dos votos vão poder “decidir por 100% de Espanha“.

Nunca se viu tal coisa numa democracia ocidental. O independentismo está com menos apoio popular do que nunca, mas encontrou um atalho, a falta de escrúpulos de Sanchez“, defendeu Feijóo.

O líder do PP recebeu o apoio da multidão concentrada na manifestação de Madrid e recebido com gritos de “presidente“. Ele estava acompanhado da presidente da região autonómica de Madrid, Isabel Díaz Ayuso, que o chamou de “líder da oposição em Espanha“.

“PROJETO DE TOTALITARISMO”

Isabel Díaz Ayuso, um das dirigentes mas populares do PP, afirmou, entre aplausos e apoio dos manifestantes, que Sanchez tem um projeto de “totalitarismo”. Para ela, Sanchez “decidiu que nada nem ninguém lhe vai tirar o poder” e que ficará no governo “com o preço que for preciso“.

Sanchez na cadeia“, “Sanchez delinquente“, “Espanha não se rende” ou “Espanha não se vende” foram das frases mais gritadas pelos manifestantes em Madrid, num protesto dominado pelas bandeiras de Espanha, como é habitual nas mobilizações convocadas pelos partidos de direita.

Além disso, Feijó pediu neste domingo e insistiu por diversas vezes que a resistência seja “firme e pacífica“.

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