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Manifestantes Pró-Israel e Pró-Hamas entram em confronto físico nos EUA

Manifestantes Pró-Israel e Pró-Hamas trocam socos e empurrões. Imagem: Reprodução da TV.
Manifestantes Pró-Israel e Pró-Hamas trocam socos e empurrões. Imagem: Reprodução da TV.

Nos últimos sete meses, desde o início do conflito entre Israel e o Hamas em Gaza, uma onda de protestos pró-Hamas tem ganhado força nas universidades dos Estados Unidos. Na Universidade da Califórnia, um acampamento contra a guerra cresceu nos últimos dias. Dessa forma, o Conselho Americano-Israelita (IAC) organizou um contra-protesto, expressando preocupação com o antissemitismo relatado em outras partes do país. O encontro entre os grupos exigiu a intervenção da polícia do campus devido à troca de empurrões e socos entre manifestantes Pró-Israel e Pró-Hamas.

Manifestantes Pró-Israel e Pró-Hamas entram em confronto físico nos EUA
Briga entre Manifestantes Pró-Israel e Pró-Hamas exigiu ação da polícia. Imagem: Reprodução da TV.

A Casa Branca reconheceu o direito a “manifestações pacíficas”, mas recentemente, ativistas de lados opostos entraram em “confrontos físicos” na Universidade da Califórnia (UCLA), em Los Angeles, após uma barreira instalada para separá-los ter sido rompida.

A resposta policial tem sido significativa, com cerca de 900 manifestantes presos, segundo o Washington Post.

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TENSÃO CRESCENTE

As tensões nas universidades americanas aumentaram após o ataque terrorista sem precedentes do Hamas ao território israelense em 7 de outubro. Cerca de 1,2 mil pessoas morreram e aproximadamente 250 feitas reféns. Em resposta, Tel Aviv lançou uma escalada militar que resultou na morte de mais de 34 mil pessoas em Gaza. Os protestos se intensificaram à medida que uma iminente invasão israelense em Rafah, na fronteira com o Egito, ameaça o último refúgio de cerca de 1,5 milhão de palestinos. A prisão de mais de 100 manifestantes na Universidade de Columbia, em Nova York, também fortaleceu o movimento.

No domingo, o porta-voz de Segurança Nacional da Casa Branca, John Kirby, afirmou que o presidente Joe Biden respeita os sentimentos “fortes” sobre a guerra em Gaza. O governo acredita que as pessoas devem expressar suas opiniões publicamente, embora de forma pacífica. Kirby condenou a linguagem antissemita e o discurso de ódio e ameaças de violência.

Apesar dos protestos pacíficos predominarem, o número de manifestantes pró-Hamas detidos pela polícia, em alguns casos com o uso de gás lacrimogêneo, tem aumentado. Apenas no último fim de semana, ocorreu a prisão de 275 pessoas em quatro campi nos Estados Unidos. A Universidade Northeastern deteve 100 manifestantes, a Universidade de Washington 80, a Universidade Estadual do Arizona 72 e a Universidade de Indiana 23. Na Universidade de Yale, ativistas criaram um novo acampamento após uma operação policial conter um protesto estudantil.

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ANTISSEMITISMO

As reitorias enfrentam o desafio de equilibrar o respeito à liberdade de expressão com a necessidade de conter manifestações, às vezes com claras manifestações de antissemitismo. Alunos judeus relataram incidentes que variam de cânticos e cartazes pró-Hamas a confrontos físicos e ameaças. A Universidade Northeastern, em Boston, denunciou “insultos antissemitas virulentos” e acusou “organizadores profissionais sem afiliação” de infiltrarem-se em um protesto estudantil.

Estudantes de diversas instituições, incluindo a Universidade Vanderbilt e o Smith College, acamparam em seus campi, expressando solidariedade e exigindo ações contra o conflito em Gaza. A Universidade Columbia, conhecida por seu histórico de ativismo, também viu surgir um acampamento pró-Hamas.

Além disso, o prestigiado Instituto de Estudos Políticos (Sciences Po Paris) também foi palco de protestos, com estudantes bloqueando o local para exigir uma condenação clara das ações de Israel em Gaza. A direção da instituição chegou a um acordo com os manifestantes, suspendendo procedimentos disciplinares e organizando um debate interno.

Esses protestos refletem as tensões crescentes nos campi universitários americanos desde o ataque do Hamas em outubro de 2023. A liberdade de expressão e os limites dessa expressão tornaram-se um desafio para os líderes acadêmicos, enquanto prisões e suspensões se multiplicam.

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GEORGE SOROS FINANCIA PROTESTOS PRÓ-HAMAS

O bilionário George Soros tem sido apontado como financiador de protestos anti-Israel realizados por estudantes radicais em universidades dos Estados Unidos. De acordo com o jornal norte-americano New York Post, o grupo responsável pelas manifestações é conhecido como Estudantes pela Justiça na Palestina (SJP). Ainda de acordo com o Post, o grupo recebe apoio financeiro de Soros.

Os primeiros protestos tiveram início na Universidade Columbia, em Nova Iorque, e se espalharam por todo o país. A organização SJP, que lidera essas ações, teria recebido pelo menos 300 mil dólares da Open Society Foundations. A entidade, fundada pelo próprio Soros, financia projetos da Esquerda globalmente. Além disso, os radicais também contaram com apoio financeiro dos irmãos Rockefeller, no valor de 355 mil dólares desde 2019.

Estudantes pró-Hamas de três universidades são bolsistas da Campanha dos EUA pelos Direitos Palestinos (USCPR), outra organização financiada por George Soros. Os bolsistas recebem valores significativos, chegando a até 7,8 mil dólares, além de um adicional por carga horária semanal para a organização de protestos

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