Lula voltou a chamar Israel de genocida. O petista chamou o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, de “uma pessoa extremista, de extrema direita, e com sensibilidade baixa para os problemas do povo palestino”. Além disso, Lula voltou a classificar a ação de Israel contra o terrorismo do Hamas de “genocídio”.
As declarações do petista foram dadas em uma entrevista ao canal de TV do Catar Al Jazeera, transmitida na noite de sexta-feira (1º/12).
“Não se trata de uma guerra tradicional, mas de um genocídio, que mata milhares de crianças e mulheres que não têm culpa alguma”, disse ele, baseando-se em informações do Hamas sobre as vítimas do conflito.
Em um outro de seus arroubos, Lula criticou ainda o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, dizendo que ele não teve “sensibilidade de falar para acabar com essa guerra”. Lula atacou também a decisão americana de vetar uma resolução proposta pelo Brasil no Conselho de Segurança da ONU para criar um cessar-fogo.
“Não posso entender como um homem tão importante como o presidente Biden, do país mais importante do planeta, não teve a sensibilidade de falar para acabar com essa guerra. Os Estados Unidos poderiam ter parado a guerra”, declarou.
RÚSSIA X UCRÂNIA
O petista ainda falou sobre o conflito entre Rússia e Ucrânia. Para ele, a invasão russa poderia ser resolvida através do diálogo, ao invés da guerra. De acordo com o brasileiro, as conversas são “mais baratas” do que as armas.
Em seguida, voltou a sugerir “soluções” simples para problemas complexos afirmando a necessidade de um referendo nas quatro regiões da Ucrânia invadidas e ilegalmente anexadas pela Rússia. A ideia, aliás, não é original e foi especulada ano passado pelo russos. Na ocasião, Moscou colocou em prática justamente essa ideia, promovendo “referendos” nas regiões ocupadas – num ato considerado ilegal pela comunidade internacional e sem efeito nenhum.
REAÇÃO AOS ATAQUES A ISRAEL
A Conib (Confederação Israelita do Brasil) informou, em nota, que “lamenta profundamente declarações do presidente Lula comparando as ações de defesa de Israel a genocídio”, informou.
“É uma acusação falsa que, vindo do presidente da República, ganha dimensões ainda mais graves. A Conib mais uma vez pede serenidade e equilíbrio às autoridades neste momento tão tenso e doloroso”, completou.
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