Na última terça-feira (13/12), o petista Lula anunciou o nome da cantora Margareth Menezes para o Ministério da Cultura. Nos bastidores, especula-se que a escolha foi a mulher de Lula, Rosângela da Silva.
Porém, mal aceitou o convite do casal petista, Margareth já viveu dois reveses. O primeiro foi não conseguir emplacar sua escolha para secretária executiva da pasta, que seria Zulu Araújo, ex-presidente da Fundação Palmares. Madrinha de Margareth no cargo, a esposa de Lula exigiu o nome do historiador Márcio Tavares, secretário nacional de cultura do PT.
O segundo foi a notícia divulgada pela revista Veja de que a futura ministra da Cultura tem uma dívida milionária com o governo brasileiro.
Diz a Veja que “em dezembro de 2020, o Tribunal de Contas da União (TCU) condenou a Associação Fábrica Cultural a devolver 338 000 reais aos cofres públicos. O valor se refere a irregularidades detectadas em um convênio assinado em 2010, último ano do governo Lula, entre a ONG de Margareth Menezes e o Ministério da Cultura, para a realização de um seminário sobre culturas identitárias. Pelo contrato, o ministério liberaria 757 mil reais para custear o evento, orçado em 1 milhão. A Fábrica Cultural, a entidade da ministra, arcaria com o restante. Ao inspecionar a prestação de contas do convênio, os técnicos do TCU constataram irregularidades, como a cotação fictícia de preços, a contratação de serviços sem detalhamento do objeto, pagamentos por serviços que não foram realizados, pagamentos a pessoas com vínculo na administração pública e superfaturamento de compras. Além disso, a ONG não disponibilizou os recursos acertados como contrapartida”.
Mas o problema não para por aí, nem a dívida. Margareth Menezes também acumula dívidas tributárias e previdenciárias. A Receita Federal cobra dela 1,1 milhão de reais em impostos não recolhidos de duas empresas da cantora — a Estrela do Mar Produções Artísticas e a MM Produções e Criações.
Os auditores do Fisco descobriram que em uma empresa ela recolhia o INSS de seus empregados, mas não repassava à Previdência, o que é crime. Outra empresa não pagou dívidas de imposto de renda, PIS, Cofins e Contribuição Social. Procurada, a Margareth Menezes não se pronunciou.