Nesta quinta-feira (18/01), o chefe do comitê militar da Otan, Rob Bauer (foto), afirmou que a aliança militar ocidental está se preparando para um possível conflito com a Rússia, diante da guerra na Ucrânia. Bauer destacou que, nos próximos 20 anos, “nem tudo é planejável” e “nem tudo será fácil“, ressaltando a necessidade de estar preparado para diferentes cenários.
Embora enfatize que a Otan não busca conflito, Bauer esclarece que a preparação para um confronto com a Rússia e grupos terroristas é essencial, reforçando que a organização estará pronta para responder se for atacada. Em Bruxelas, sede da aliança, o militar aponta a necessidade de uma transformação bélica, adaptando-se a um ambiente que já não é mais “abundante, previsível, controlável e focado na eficiência“, como no passado.
Bauer também destaca o compromisso contínuo de apoio da Otan à Ucrânia, em guerra com a Rússia, ressaltando que o desfecho desse conflito impactará o destino global. Essas declarações ocorrem simultaneamente ao anúncio dos maiores exercícios militares da Otan desde a Guerra Fria, denominados Steadfast Defender 2024, envolvendo aproximadamente 90 mil soldados.
O principal comandante da OTAN, Chris Cavoli, revela que os exercícios ocorrerão até maio. Eles simularão o reforço das tropas dos Estados Unidos aos aliados europeus em regiões fronteiriças com a Rússia e no flanco oriental da aliança. Participarão mais de 50 navios, 80 caças, helicópteros, drones e 1.100 veículos de combate.
RÚSSIA: A PRINCIPAL AMEAÇA
A OTAN planeja demonstrar sua capacidade de rápida mobilização para reforçar a defesa da Europa. E pretende deixar claro que esses exercícios visam simular respostas a possíveis ataques russos. A iniciativa representa uma adaptação estratégica da OTAN. Dessa forma, a Rússia fica identificada abertamente como a ameaça mais significativa e direta à segurança dos membros da aliança.
Os exercícios envolverão tropas de países da Otan e da Suécia. Além disso, haverá atenção especial para o envio da força de reação rápida para a Polônia, no flanco oriental. Locais considerados de maior risco, como os Estados Bálticos, Alemanha e países próximos à aliança, também serão foco dessas simulações. Dessa forma, fica evidente a abordagem abrangente da OTAN diante das atuais tensões geopolíticas.
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