A gigante farmacêutica AstraZeneca reconheceu, pela primeira vez, a ocorrência de um “raro efeito colateral” da vacina contra a Covid-19 que produziu. Essa informação veio à tona em uma ação coletiva movida por pessoas que desenvolveram trombose após receberem a vacina no Reino Unido. No processo, 51 famílias estão buscando uma indenização de até R$ 700 milhões.
A AstraZeneca admitiu que a vacina “pode, em casos muito raros, causar síndrome de trombose com trombocitopenia (TTS)”. Esse efeito colateral da vacina caracteriza-se pela formação de coágulos sanguíneos, aumentando os riscos de entupimento de veias e artérias.
No Brasil, a Fiocruz produziu a vacina em parceria com a farmacêutica. 153 milhões de pessoas receberam a vacina, principalmente em 2021 e 2022. Contudo, de acordo com o Ministério da Saúde “a vacina já salvou milhares de vidas e que a não imunização seria uma escolha mais arriscada“.
SAÚDE AMENIZOU IMPORTÂNCIA DOS EFEITOS COLATERAIS EM 2023
A presidente da Fiocruz durante a pandemia e a fabricação da vacina AstraZeneca no Brasil era Nísia Trindade. Ela hoje comanda o Ministério da Saúde.
Em nota emitida ainda no ano passado, a pasta de Nísia Trindade amenizou os possíveis efeitos colaterais da vacina AstraZeneca. “A vacina fabricada pela empresa AstraZeneca/Oxford, desenvolvida no início da pandemia, e produzida pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), foi extremamente importante para o controle dos casos e a redução de óbitos por Covid-19 no país e no mundo, salvando milhares de vidas. Desde dezembro de 2022, essa vacina é indicada para pessoas a partir de 40 anos, de acordo com as evidências científicas mais recentes”, disse o Ministério em nota.
“O atual cenário da Covid-19 no país, com redução de casos graves e óbitos pela doença, é resultado da população vacinada. Os eventos adversos, inerentes a qualquer medicamento ou imunizante, são raros e ocorrem, em média, um a cada 100 mil doses aplicadas, apresentando risco significantemente inferior ao de complicações causadas pela infecção da Covid-19”, completou o Ministério da Saúde, em comunicado emitido ainda no ano passado.
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