Em uma decisão histórica, o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, autorizou a Ucrânia a utilizar mísseis de longo alcance de fabricação americana contra a Rússia. A decisão deste domingo (17/11) ocorreu após um ataque massivo de Moscou contra a rede elétrica ucraniana, que deixou várias regiões sem energia e causou a morte de pelo menos cinco pessoas. O presidente Zelensky, da Ucrânia, publicou imagens do ataque:
A autorização marca uma mudança significativa na política americana. Até então os americanos limitavam o uso desses mísseis a áreas sob controle russo dentro da Ucrânia ou próximas às linhas de fronteira.
Além disso, a decisão foi influenciada pelo recente envio de tropas norte-coreanas para apoiar a Rússia no conflito, o que aumentou a preocupação com uma escalada da guerra.
O uso dos mísseis, com alcance de até 300 km, seria para proteger as forças ucranianas na região de Kursk, no oeste da Rússia. A Ucrânia tomou essa região recentemente em uma contraofensiva surpresa. A medida dividiu os conselheiros de Biden, com alguns temendo uma reação retaliatória de Vladimir Putin.
O presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, expressou gratidão pela decisão, destacando a importância do apoio americano para a defesa do país. Contudo, a autorização ocorre em um momento delicado, com a iminente posse de Donald Trump. O presidente eleito prometeu limitar o apoio à Ucrânia e buscar uma rápida resolução para o conflito.
A comunidade internacional observa atentamente os desdobramentos dessa decisão. Ela pode redefinir os rumos da guerra e a postura dos aliados ocidentais em relação ao conflito.