Ativistas de esquerda vão a júri pela morte do cinegrafista Santiago Andrade

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Momento em que o profissional é atingido pelos ativistas. Foto: Rerodução/ABI.

Começa nesta terça-feira (12/12), o júri popular dos dois acusados pela morte de cinegrafista da Band, Santiago Andrade. Um rojão atingiu o cinegrafista (foto) durante protesto no centro do Rio de Janeiro, em fevereiro de 2014. Os ativistas de esquerda, Fábio Raposo Barbosa e Caio Silva de Souza, são réus por homicídio doloso qualificado. Os “black blocs” chegaram a ficar presos entre 2014 e 2015, mas respondem em liberdade.ebcebc

De acordo com o Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro (TJRJ), não há previsão quanto ao término do julgamento. Estão previstos depoimentos de 21 testemunhas entre acusação e defesa.

Santiago Andrade era cinegrafista da TV Bandeirantes e morreu enquanto cobria uma manifestação contra o aumento das passagens de ônibus no Rio. O homicídio ocorreu perto da Central do Brasil, no dia 6 de fevereiro de 2014. O cinegrafista ficou internado e morreu quatro dias depois.

Os ativistas de esquerda respondem pelos crimes de explosão e homicídio doloso triplamente qualificado, por motivo torpe, impossibilidade de defesa da vítima e uso de explosivo.

RECURSO

A justiça determinou – em primeira instância – o julgamento dos ativistas pelo tribunal do júri. A defesa recorreu e o Tribunal de Justiça do Rio determinou – em segunda instância – que o crime não fora com intenção de matar.

O Ministério Público do Rio recorreu e o caso foi parar no Superior Tribunal de Justiça, em Brasília. O ministro-relator no STJ, Jorge Mussi, deferiu o pedido do MPRJ de dar seguimento ao processo no tribunal do júri.

Em 2017, o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Gilmar Mendes, confirmou o prosseguimento das medidas necessárias para submeter os dois réus ao tribunal do júri. Ainda assim, o júri ocorrerá seis anos após a decisão do STF e quase dez anos após a morte da vítima.

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