Militares israelenses encontram armas do Hamas em hospital de Gaza

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Algumas armas e equipamentos do Hamas encontrados no Hospital, em Gaza. Foto: Israel Defense Forces.

Militares israelenses disseram que suas tropas encontraram armas e outros equipamentos pertencentes ao grupo terrorista Hamas após entrarem no Hospital Al-Shifa na cidade de Gaza. A unidade é um grande complexo que forma o maior centro médico do território.

As forças israelenses inicialmente entraram em confronto com combatentes do Hamas na rua em frente ao Hospital Al-Shifa. Quatro terroristas foram mortos, de acordo com um alto funcionário da defesa israelense. Ele concedeu a informação a mídia sob condição de anonimato.

O oficial disse que as tropas entraram no complexo antes do amanhecer de quarta-feira (15/11), horário local, no que Israel chamou de “operação precisa e direcionada”.

Soldados israelenses revistaram o hospital e encontraram armas, “ativos tecnológicos” e um “centro de comando operacional”, disseram os militares israelenses em comunicado nesta quarta.

Acredito que o que descobrimos é apenas a ponta do iceberg”, disse o porta-voz militar Jonathan Conricus em vídeo divulgado pelas Forças de Defesa de Israel na noite desta quarta. Os militares também divulgaram fotos e um vídeo do que descreveram como armas, munições e coletes à prova de balas encontrados dentro do hospital.

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O Hospital Al-Shifa e suas redondezas. Foto: Reprodução.

O alto funcionário israelense acrescentou que Israel não houve conflito ou troca de tiros dentro do hospital lotado. No local, muitos pacientes estão sendo tratados e os palestinos que buscam abrigo contra ataques aéreos permanecem nos corredores e no chão.

HAMAS NEGA

Os terroristas do Hamas denunciou ações dos militares israelenses nesta quarta-feira. Eles também negaram as alegações dos militares israelenses e de autoridades dos EUA de que os terroristas operavam dentro ou embaixo do hospital.

O Ministério da Saúde de Gaza disse que a operação de Israel danificou instalações cirúrgicas e salas de atendimento de pacientes. Além disso, alegam que dois técnicos hospitalares foram presos pelas forças israelenses.

A ação militar israelense que encontrou armas no hospital ocorre durante a terceira semana de uma invasão terrestre no norte de Gaza. Nos últimos dias, as forças israelenses cercaram Al-Shifa e outros edifícios médicos no norte de Gaza, exigindo a sua evacuação.

As condições nos hospitais continuam a deteriorar-se, dizem as autoridades em Gaza.

Centenas de pacientes e funcionários ainda estavam dentro de Al-Shifa quando as tropas israelenses entraram. Na terça-feira (14/11), autoridades do Al-Shifa relataram que o hospital havia enterrado 170 pessoas.

Os militares de Israel informaram em comunicado que “as tropas entregaram ajuda humanitária” a Al-Shifa.

Na terça-feira, funcionários da Casa Branca e do Pentágono disseram que as agências de inteligência dos EUA “têm informações” de que grupos terroristas, incluindo o Hamas, usam hospitais em Gaza “como forma de ocultar e apoiar” operações militares e reféns.

Grupos de direitos humanos dizem que a atividade dos terroristas dentro dos hospitais não dá liberdade a Israel para colocar em perigo os civis que procuram tratamento médico ou abrigo naqueles locais. Os EUA instaram Israel a proteger a vida civil enquanto conduz operações militares dentro e ao redor dos hospitais, disse a porta-voz do Pentágono, Sabrina Singh, na terça-feira.

Acreditamos que a proteção de civis inocentes não é, obviamente, apenas uma prioridade, mas deve ser mantida”, disse Singh aos jornalistas. “Não queremos ver um tiroteio num hospital onde há civis inocentes”.

CONSELHO DE SEGURANÇA APROVA RESOLUÇÃO

Também nesta quarta-feira (15/11), o Conselho de Segurança das Nações Unidas aprovou uma resolução sobre Gaza pela primeira vez desde 07 de Outubro, dia em que os terroristas do Hamas cruzaram as fronteiras de Gaza e promoveram a matança de 1.200 pessoas em cidades e bases militares israelenses. Em seguida, Israel iniciou a sua campanha militar em resposta.

A resolução determinou que todas as partes protejam a vida dos civis, especialmente as crianças. Além disso, apelou ao Hamas e a outros grupos para libertarem todos os reféns. Acredita-se que cerca de 240 reféns estejam detidos pelo Hamas em Gaza.

A resolução não chegou a pedir um cessar-fogo completo, mas expressou a necessidade de “pausas humanitárias urgentes e prolongadas” a fim de permitir “acesso humanitário completo, rápido, seguro e desimpedido” à Faixa de Gaza.

Ademais, os Estados Unidos, que propuseram e vetaram outras resoluções fracassadas sobre Gaza nas últimas semanas, abstiveram-se na votação de quarta-feira. “Em última análise, os Estados Unidos não poderiam votar sim em um texto que não condenasse o Hamas ou reafirmasse o direito de todos os Estados membros de proteger os seus cidadãos de ataques terroristas”, disse Linda Thomas-Greenfield, embaixadora dos EUA na ONU.

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