A China busca a autossuficiência tecnológica para reduzir a dependência de fornecedores estrangeiros. E para reforçar essa política, o governo proibiu recentemente a utilização de todos os produtos tecnológicos de marcas estrangeiras nos gabinetes do governo, de acordo com um relatório do Wall Street Journal. O principal alvo é o iPhone. E essa medida pode prejudicar muito a posição da Apple no país.
De acordo com a nova regra, os funcionários públicos estão proibidos de utilizar dispositivos como o iPhone para fins profissionais. Além disso, eles não poderão sequer levar os aparelhos proibidos para os edifícios de escritórios.
A medida representa uma grande expansão do esforço de longa data da China para reduzir a dependência de tecnologia estrangeira. O país alega preocupações com a cibersegurança.
A Apple tem tido um bom desempenho no mercado chinês de smartphones, uma vez que a concorrente local Huawei não tem conseguido acompanhar o seu ritmo. A companhia chinesa foi afetada pelas sanções impostas pelos EUA em relação ao 5G da marca.
Entretanto, a confortável posição da Apple no mercado chinês está agora ameaçada.
Contudo, não é a primeira vez que a ditadura chinesa proíbe produtos de marcas estrangeiras. Em 2014, os produtos Apple foram banidos de alguns edifícios governamentais. Também sob a alegação de questões de segurança. No mesmo ano, o Windows 8 também foi banido dos PCs do governo.
Todavia a proibição surge no meio do aumento de tensão entre a China e as nações ocidentais, como os EUA. Várias sanções comerciais e tecnológicas estão em vigor contra Pequim. Recentemente, a Microsoft informou que piratas informáticos chineses acessaram as contas de correio eletrônico dos governo dos Estados Unidos e de países europeus. Para a Microsoft, os piratas cibernéticos foram, provavelmente, motivados pela ditadura chinesa.
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