Em um Brasil dividido ao meio politicamente, o atual presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP/AL) tem conseguido ser elemento de convergência, dialogando com o bolsonarismo e o petismo. Sua habilidade política e a força das circunstâncias devem dar a ele uma votação recorde para a presidência da Câmara dos Deputados em fevereiro de 2023.
Com antecedência de cerca de dois meses, Lira já conta com o apoio de quase todos os partidos com representação na casa e sequer deverá ter um adversário relevante na disputa.
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Rodrigo Maia, antecessor de Lira, foi eleito com o apoio de 15 partidos conquistando 334 votos. Até hoje a maior votação foi a de João Paulo Cunha (PT/SP) que alcançou 434 votos em 2003.
Lira contará com o apoio do PL (99 deputados), do MDB (42), do PSD (42), do PT (68), além de União Brasil (59 deputados), Republicanos (41), PDT (17), PSB (14), Podemos (12), Patriota (4), PTB (1) e PSC (6), além do seu partido, o PP, que tem 47 deputados federais. Com isso, a expectativa é de que Lira chegue com tranquilidade a 450 votos dentre os 513 possíveis.