O Papa Francisco confirmou nesta segunda-feira (28/11) que remeteu “listas de prisioneiros” para a Rússia para obter a libertação dos presos de guerra. O papa disse ainda que, se viajar para a região, visitará Kiev e Moscou: “os dois, não apenas um local“, disse.
“Quando recebia listas de prisioneiros, tanto civis como militares, enviava-as ao governo russo, e a resposta era sempre muito positiva“, revelou o papa em uma entrevista ao jornal jesuíta norte-americano ‘América’.
Francisco, que foi criticado no passado por uma alegada ambiguidade no conflito russo com a Ucrânia por não nomear o presidente russo, Vladimir Putin, disse que, quando fala da Ucrânia, fala de “povo mártir, de um povo martirizado”.
Francisco recordou que logo no segundo dia da invasão foi à embaixada russa, num gesto pouco habitual para um papa. E revelou ainda que disse ao embaixador para dizer a Putin que ele estava disposto a visita-lo, com a condição que lhe deixasse uma “janelinha para negociar”.
O papa deixou claro que “a postura da Santa Sé é procurar a paz e procurar um entendimento” e que a “diplomacia da Santa Sé movimenta-se nesse sentido e obviamente está sempre disponível para uma mediação“.