A União Europeia apresentou nesta quarta-feira (28/9) mais um conjunto de sanções contra a Rússia. A reação surge após uma “escalada da tensão” promovida pelo Presidente Putin. As sanções foram propostas Presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen.
“Os falsos referendos nos territórios que a Rússia ocupou, são uma tentativa ilegal de se apoderarem de terras e de alterarem as fronteiras internacionais pela força“, apontou Von der Leyen. A presidente lembrou também “a mobilização e a ameaça de Moscou sobre armas nucleares“.
“Não aceitamos o falso referendo, nem qualquer tipo de anexação na Ucrânia, e estamos determinados a fazer o Kremlin pagar por uma nova escalada“, destacou Ursula von der Leyen.
“Propomos avançar com novos embargos à importação de produtos”, anunciou a chefe do executivo comunitário, convicta de que a medida “vai manter os produtos russos fora do mercado europeu e privar a Rússia de 7000 milhões de euros de lucros“, seguiu a presidente.
“Propomos embargos adicionais na prestação de serviços europeus à Rússia e a proibição de cidadãos europeus de trabalharem na liderança de empresas estatais russas”, frisou a presidente da Comissão Europeia, para quem a “a Rússia não deve beneficiar do conhecimento e perícia europeus“, acrescentou a presidente.
O conjunto de punições ainda irá listar personalidades, envolvidas na mobilização de militares para atuar na Ucrânia, bem como todos os que tiveram algum tipo de atuação para a realização dos referendos nas regiões ucranianas de Donetsk, Kherson, Lugansk e Zaporijia, ocupadas pela Rússia.
Essas “medidas restritivas adicionais” fazem referência “aos indivíduos que estão a apoiar, facilitar ou beneficiar da invasão da Ucrânia”, destacou Josep Borrell, chefe da diplomacia da União Europeia.
As medidas devem atingir “as autoridades representantes da Rússia em Donetsk, Lugansk, Kherson e Zaporijia“, disse Borrell.
“Aos russos que organizaram e facilitaram estes falsos referendos nos quatro territórios ucranianos ocupados“, serão congelados bens e proibida a entrada em solo europeu, completou Josep Borrell.